As aulas serão divididas por regiões produtoras (Itália, França, Chile, Argentina e Brasil), falando das principais uvas de cada uma delas. Num segundo momento falaremos de classificação e rótulos, harmonização e táticas de venda, visando uma total satisfação e fidelidade do cliente. São poucas informações, para rápida assimilação, mas que podem fazer toda a diferença em situações de trabalho ou no dia a dia.
Começaremos nossa viagem pela Itália. Jamais poderia esquecer das inúmeras regiões desse país tão importante no mundo da gastronomia como a Sicília com seus vinhos Nero d'Avola ou o tão comum Lambrusco da região da Emília Romana, mas vou me ater a três regiões que considero como principais para nosso mercado: o Piemonte, o Veneto ea Toscana.
No Piemonte, região noroeste da Itália, temos duas cidades muito presentes nos rótulos da região, que todo mundo que compra vinhos italianos já viu: Alba e Asti. Em torno dessas duas cidades são plantadas as uvas Barbera, Dolcetto e Nebiollo (essa última que produz o lendário Barolo). Quando lemos "Dolcetto d'Alba" ou então "Barbera D'Asti", temos a informação da uva e local de sua produção. Podemos ter a informação da uva nos vinhos "Barolo", pois iremos associá-lo agora à cepa Nebiolo.
Os Barolo são vinhos mais caros e pedem uma guarda mais longa. Os Barbera também se prestam à Guarda, mas muitos já se encontram prontos para consumo. Não tem o mesmo impacto dos Barolo, mas são uma ótima pedida e tem preços mais accessíveis. Já os Dolcetto são mais frutados, muitos sem estágio em carvalho, pela característica da uva (Dolcetto = docinha) são de pouca guarda e de menor preço, porém muito agradáveis.
Na região Nordeste, onde se localiza a cidade de Veneza, encontramos o Veneto. Alí São Produzidos três vinhos muito conhecidos dos brasileiros: o Valpolicella, Bardolino e os refrescantes o Prosecco. Nas margens do rio Adige, feitos com o corte de três cepas (Corvina, Rondinella e Molinara) estão localizados os Valpolicella (margem direita) e os Bardolino (margem esquerda). São vinhos facilmente encontrados por aqui, mais suaves e frutados. Os Prosecco ficam mais a Nordeste da região, feitos com a uva do mesmo nome. De preços interessantes, são ótimos para o nosso clima tropical.
A última região que vamos abordar é a Toscana. Lá se produz os famosos Brunello, na região de Montalcino, vinhos caros e de longa guarda, feitos com um clone da uva Sangiovese, típico da região. A Sangiovese também é utilizada na produção dos vinhos "Nobiles de Montelpuciano" de preços levemente inferiores, mas potentes e boa de guarda. Os Vinhedos ao longo do caminho entre Siena e Firenze são os lendários Chianti. Os lotes privilegiados e de longa tradição recebem uma denominação "clássico" e um selo com um galo negro na garrafa. Esses vinhos são mais caros e levam uma maior porção da Sangiovese em sua composição. O mais simples Chianti também recebe outras cepas, tem ótimo preço e é o parceiro ideal das massas e pizzas.
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