domingo, 21 de fevereiro de 2010

Charutos - De Cuba para o Mundo.

É uma história muito curiosa. Os próprios fabricantes de Cuba  fazendo concorrência aos seus famosos "puros".
Com a revolução, as propriedades produtoras de tabaco acabaram sendo confiscadas e controladas pelo governo de Fidel. Os proprietários não viram outra alternativa senão o exilio. Muitos produtores continuaram  suas ativdades em outros países. Republica Dominicana, Nicarágua, Brasil entre outros foram os países que evoluíram muito em qualidade com a chegada dos produtores de origem cubana.
Por aqui, podemos citar a empresa de Félix Menendez, que produz o mais emblemático charuto nacional, o Dona Flor. Alonso Menendez (pai de Félix) começou então a produzir seus charutos na Espanha, comprando o tabaco de vários locais entre eles da Bahia,  que considerou de ótima qualidade. Logo se uniu a Mario Amerino, um tradicional produtor de tabaco brasileiro e ai sim iniciaram a Menendez & Amerino, localizada no recôncavo, tendo seu produto totalmente nacional, desde a matéria prima até a manufatura.
Esse é apenas um dos exemplos de fabricas de charutos que surgiram graças ao golpe de Fidel.


                      Amerino e Menendez no meio de sua plantação.

Os Estados Unidos, com seu embargo econômico, acabou criando o maior exportador de charutos do mundo, maior que a própria Cuba, a República Dominicana. É proibida a venda e consumo dos puros no país do Tio Sam, que é o maior consumidor de charutos do mundo. A principal opção de compra dos americanos é a República Dominicana, tendo nos charutos de Arturo Fuentes o campeão de vendas.
Para os apreciadores  tudo isso acabou sendo maravilhoso. Os cubanos com seus lendários puros estão agora dividindo as prateleiras das tabacarias com milhares de outros exemplares maravilhosos de diversas partes do mundo, inclusive o Brasil.
Boas baforadas!

2 comentários:

  1. Adorei o blog e a forma como você apresenta o material: história, arte, técnica! Ficou muito charmoso.Dany Pupo

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