sábado, 27 de fevereiro de 2010

Reflexões sobre o vinho - parte 2 - Formando um "banco de dados".

Nunca é tarde para começar a apreciar vinhos. Mas a entrada nesse mundo pode ser intimidadora.
Nas várias publicações sobre o assunto encontramos informações no mínimo curiosas:  "aroma de borracha queimada" ou então  "remete ao cheiro de grama molhada". Convenhamos que seria necessário um olfato canino para chegar a tais conclusões.
As notas de prova, geralmente anotadas pelo expert Robert Parker, podem dar alguma noção de qualidade no preparo da bebida. Notas mais altas espera-se um vinho melhor, notas mais baixas remetem a uma pior qualidade. Pode ser, mas acho impossível descrever um sabor através de um número.
Podemos ter algumas pistas sobre o vinho nos rótulos, relacionando informações sobre terroir, tipo de uva e ano da safra, mas é necessario que se saiba quais as melhores uvas para determinada região e, se possível, quais as condições climáticas dessa região no ano da colheita da safra indicada. Isso ajuda muito, quanto mais se lê, se estuda, mais informado o  consumidor fica. Mais informado significa estar melhor preparado para comprar.
Tudo que pudermos ler sobre o assunto ajuda, mas nada substitui a degustação, a prova. Se você se considera um desinformado sobre vinhos, minha dica é:  leia bastante, mas prove também, e se possível, variando sempre. No início, o mais interessante é experimentar diferentes tipos de varietais (feitos com apenas uma variedade de uva). Assim poderá comparar aromas, acidez, cor e sabor, tirar conclusões e armazenar informações para uma futura comparação.
Só praticado, provando vinhos sempre é que se chega a uma opinião mais sólida sobre o que se está bebendo.
Para  tomar um ícone da Itália como um barolo ou um brunello por exemplo e ter a real noção da qualidade do produto, seria importante ja ter passado por várias outras experiências. Será evidente a diferença de corpo e potência entre um vinho superior e outro do dia a dia.
Começe (e mantenha sempre esse costume) garimpando bons "custo-benefício". Não compre vinhos muito caros, não é a hora ainda. Eu procuro gastar nas minhas buscas no máximo 50 reais. É muito divertido procurar boa bebida barata. E quando se acha então, que alegria!
Divirta-se, tem um mundo todinho a ser descoberto. Um brinde!

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